17 de agosto de 2010

TRABALHO

Acredito, como uma grande oportunidade, aproveitar a busca, cada vez maior, por emprego em função da priorização do valor do ganho que se vá obter, para colocar em discussão o tema TRABALHO.

Não raro encontramos pessoas, jovens profissionais inclusive, infelizes com o emprego que conseguiram. Especialmente se comparados o conhecimento e a competência que elas têm com o trabalho que lhes deram para realizar. O pior: muitas vezes o trabalho que realizam nada tem a ver com a formação profissional conseguida após anos e anos de estudos e treinamentos. O valor do ganho não tem mais o significado que anteriormente tinha e a frustração profissional se instalará inexoravel-mente.

Em sendo a realização profissional um dos grandes objetivos de qualquer ser humano, essa deformação está contribuindo para que hajam mais pessoas desestrutu-radas dentro das organizações, como com-seqüência na sociedade como um todo, pois todos nós dedicamos um terço do tempo da nossa “vida útil” às atividades profissionais.

Que o trabalho, não apenas como fonte de realizações materiais, mas de felicidade, de sucesso, e, sobretudo de crescimento enquanto seres humanos seja a aspiração de todos que buscam o mercado, é um desafio que devemos enfrentar e vencer.

Permito-me apresentar duas reflexões que poderão nos ajudar na jornada:

“Um dos sintomas de esgotamento nervoso é a crença de que o trabalho é terrivelmente importante...”

Bertrand Russel

“O trabalho é apenas um meio, insisto, não um fim. O que é bom é a vida, a felicidade, a justiça, a liberdade; o trabalho só tem sentido a serviço delas, nunca no lugar delas.”

André Comte-Sponville
J. Eustáquio
Twitter: @filosofiablog

9 de agosto de 2010

REFLEXÕES EM PEQUENAS DOSES

Retornando ao texto inicial, quero deixar claro que não pretendi me colocar a favor da tese de que a “humanidade está perdida”, mas considerar que a ela falta um “eixo”, um norte de convergência.

Na verdade o que se verifica é a existência, não rara, de seres humanos “desestruturados” nos lugares onde a vida acontece inevitavelmente: nas organizações, nas entidades de classe, nas igrejas, nas comunidades sociais, nas ruas e em muitos outros lugares por onde têm de transitar. Esta desestrutura tem origem em uma infinidade de sentimentos e pensamentos de dúvida, de medo, de descrença, de desconfiança, de falta de significado e tantos outros também de natureza enfraquecedora.

Tendo em conta que a sobrevivência do Ser Humano depende, basicamente, de quatro tipos de relacionamentos - familiar, social, profissional e com ele próprio – que se não forem “gerenciados” adequadamente, haverá um ponto onde se instalará o chamado “caos” individual que vai dificultar sobremaneira a coexistência pacífica entre esses eles que, além das suas complexidades inerentes, apresentam demandas específicas segundo “departamentos” próprios a cada um.

Dessa perspectiva estou propondo, iniciar uma troca de idéias e experiências sobre conceitos e atitudes que, de algum modo, afetam a todos nós no nosso dia-a-dia e que não temos habilidade para lidar com eles, mas que sentimos os efeitos e o quanto dificultam a nossa e a vida daqueles com quem relacionamos. No entanto, nada que exija muito esforço, conhecimento ou prática e sim o estabelecimento de um processo simples de reflexões. Para isto, e dentro da minha preferência pessoal, acredito que esta troca se deve dar através de textos curtos e claros para facilitar o seu maior alcance.

Para começar a série, e aproveitando a busca incessante por melhores conhecimentos em assuntos comuns a todos nós, que tal começar um processo de reflexão, ainda que em pequenas doses, sobre Amor, Ambição, Casamento, Relacionamento, Apegos, Expectativas, Ética, Família, Trabalho, Idade e outros tantos que venha a surgir na nossa caminhada?

Consciente de que poderemos contribuir para que cada pessoa se torne um Ser Humano melhor, tenho a convicção que todos aqueles que assim se sentirem irão contribuir para que o mundo também seja um lugar melhor para se viver e, principalmente, conviver.

J. Eustáquio
twitter: @filosofiablog


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